Porra, como é que pode? Um gênio morreu num assalto.
A indignação fica mais forte num momento desses. Mas vale lembrar que a violência faz barulho o tempo inteiro e, não sei de que jeito, conseguimos dormir. A morte de Glauco faz parte da mesma escrotidão que extermina jovens negros todos os dias em qualquer cidade brasileira.
É que, sei lá, a gente acompanha o noticiário da violência com quem assiste novela, pela tv. Quando morre alguém que admiramos tudo fica mais exposto, é a ferida em carne viva.
Leio o Glauco há mais de vinte anos. Guardo edições de Chiclete com Banana antigonas, e tenho a raridade que é aquela edição de Los Três Amigos, produção de Glauco com os amigos Angeli e Larte. Glauco tinha um traço ligeiro, parecia que desenhava uma tira em três segundos, e um humor sem pudores.
Vou procurar minha revista no baú e rir do Glauquito, Laerton e Algel Villa pela milésima vez.
Aquilino Paiva
sexta-feira, 12 de março de 2010
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Quantas charges ele não faria para mostrar, de forma irônica e crítica, esse episódio absurdo, de ter a morte anunciada por um falso Messias? Chocante ver as conciências alteradas pelas drogas destruindo nossos talentos...
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