quinta-feira, 25 de março de 2010

COCADA

Ai meu Deus se eu pudesse
Eu abria um buraco 
Metia os pés dentro criava raiz 
Virava coqueiro trepava em mim mesmo 
Colhia meus côcos meus frutos feliz 
Ralava eles todos com cravo e azeite 
E punha no tacho pra fazer cocada 
Depois convidava morenas e loiras 
Mulatas e negras pra dar uma provada 
Depois satisfeito de tanta dentada 
Na boca de todas eu me derretia 
Aí novamente eu abria um buraco 
Metia os pés dentro com toda alegria 
Virava coqueiro trepava em mim mesmo 
Colhia meus côcos fazia tachada 
Com cravo e açúcar ficava roxinho 
Ficava doidinho pra ser mais cocada 
Côco, côco, cocada, Côco, côco, cocada,


Essa pérola, composta há mais de 70 anos, é de um certo compositor
maranhense chamado Antonio Vieira. Descobri no CD Tecnomacumba, de Rita Ribeiro.


Aquilino

Biografia de Antonio Vieira aqui:


http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0203/0016.html

quem quiser siga o puluxia no twitter: siga minhas mãos, como dizia o chapolim

http://twitter.com/aquilinopaiva

Um comentário:

  1. Porra, Aquilino, que negócio retado de bonito. Eu nunca mais tinha visto coisas assim. Agora que eu só me embrenho pelas roças das ciências... Vou ler umas cem vezes e depois mandar via email.
    Jai Alves

    ResponderExcluir